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25 de Abril de 2024

França: movimentos sociais realizam novos protestos contra reforma trabalhista de Hollande

Projeto permite que empresas "paguem" horas extras aos funcionários que trabalharem mais de 35 horas com dias de folga.

Publicado por Carla
há 8 anos

Redação - Opera Mundi

Organizações sociais francesas como a CGT (Confederação Geral do Trabalho) e a Unef (União Nacional de Estudantes da França) realizaram nesta quinta-feira (28/04) protestos e paralisações contra o projeto de reforma trabalhista do governo de François Hollande, que será debatido no Parlamento na próxima semana.

Passeatas e atos em todo o país reuniram pelo menos 170 mil pessoas, segundo as autoridades, enquanto a CGT estima que 500 mil pessoas tenham participado dos protestos nacionais.

Em Paris, 60 mil pessoas realizaram uma marcha a partir da praça Denfert-Rochereau, de acordo com os organizadores.

Segundo informações do site France 24, manifestantes lançaram garrafas e pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás.

Próximo à capital francesa, estudantes bloquearam o acesso ao porto de Gennevilliers, no rio Sena. Segundo a imprensa local, cerca de 200 estudantes empilharam pneus para bloquear o acesso ao porto.

Em Lyon, terceira maior cidade da França, também houve confronto entre cerca de 150 estudantes e agentes da polícia. Alguns atiraram objetos contra as forças de segurança, que lançaram bombas de gás.

Protestos também ocorreram em Marseille, no sul, e em Nantes e Rennes, no oeste do país.

De acordo com a agência de notícias Reuters, 124 pessoas foram detidas durante os protestos. Pelo menos um manifestante e 24 policiais ficaram feridos, um deles em estado grave, informou a polícia.

A Unef disse que houve abuso de força policial. "Condeno fortemente a violência", disse o presidente da Unef, William Martinet, em entrevista ao canal francês iTELE.

Reforma

A proposta de reforma trabalhista do governo francês prevê alterar a jornada de 35 horas de trabalho semanais. O limite seria oficialmente mantido, mas as companhias poderiam organizar horas de trabalho alternativas - como trabalhar em suas casas - o que, no final, poderia resultar em até 48 horas de trabalho por semana. Em “circunstâncias excepcionais”, o limite poderá ser de até 60 horas por semana.

De acordo com o governo, o objetivo seria a redução do índice de desemprego no país, atualmente superior a 10%.

O projeto permite também que as empresas deixem de pagar as horas extras aos funcionários que trabalharem mais de 35 horas, recompensando-os com dias de folga.

Novos protestos estão previstos para o próximo domingo (01/05), Dia dos Trabalhadores.

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