Pai de Liana, vítima de estupro, diz que não vai defender Bolsonaro
Para o advogado e vereador Ari Friedenbach "pena de morte não é defesa! Fazer um circo para ganhar mídia é oportunismo e não defesa".
Jornal GGN - Por meio de carta aberta, o vereador paulistano Ari Friedenbach (PROS) afirmou que não irá defender o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal por apologia ao estupro. Ari é pai de Liana Friedenbach, que foi estuprada e morta em 2003, aos 16 anos, por Roberto Aparecido Alves Cardoso, o "Champinha", enquanto acampava em Embu Guaçu, região metropolitana de São Paulo.
Os apoiadores de Bolsonaro começaram usar as redes sociais para buscar apoio contra as ações penais impostas ao deputado, utilizando as páginas do vereador para cobrar seu apoio, afirmando que o Bolsonaro foi o único a defender a honra de sua filha e de pedir penas mais severas para Champinha, que era menor de idade quando cometeu o crime.
Na carta aberta, Ari diz que Bolsonaro não defendeu a honra de sua filha, afirmando que "qualquer discurso que não acrescente nada para a sociedade não é defesa". "Pena de morte não é defesa! Fazer um circo para ganhar mídia é oportunismo e não defesa", afirma.
Ele também afirma que, em 2015, enviou ofício para Bolsonaro para que ele não utilize o nome de Liana para defender proposta de redução de maioridade penal. "Não autorizo o uso da minha história para fazer discurso de ódio ou tentar dar credibilidade a suas propostas insanas", diz o vereador.
Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal decidiu abrir duas ações penais contra Bolsonaro, tornando-o réu por prática de apologia ao crime e por injúria. Em 2014, ele afirmou, na Câmara dos Deputados, que Maria do Rosário (PT-RS) não merecia ser estuprada porque ele a acha "muito feia".
Leia a íntegra da carta de Ari Friedenbach aqui ou no anexo abaixo.
http://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/carta_aberta_a_populacao.pdf
6 Comentários
Faça um comentário construtivo para esse documento.
Acho que esse "pai" seria aquele tipo que entregaria a filha pra ser estuprada. Desculpa mas pra mim ele é muito imbecil. A história dramática e fatal com a filha dele poderia servir de um impulso para que coisas hediondas assim não fossem mais aceitas, de forma alguma, seja um menor de idade ou qualquer outro. Mas, ao invés de usar isso e até agradecer de usarem a história da filha para que não aconteça mais isso com outras meninas, ele faz o contrário, colocando sua posição política acima do bem maior.
Eu tenho pena da moça, que morreu e tem (teve) um pai covarde assim.
Se fosse com minha filha que isso acontecesse, com certeza o marginal pediria prisão perpétua, pq não ficaria vivo no mesmo mundo que eu. continuar lendo
concordo com senhor amigo, esse Pai é um covarde, teria vergonha de ter esse homem como pai, ta parecendo que o Bolsonaro que é o estuprador e o chapinha inocente, com certeza isso é para não perder votos, como todos os políticos pensam ao abrir a boca para falar verdades.... continuar lendo
Está com toda a razão o deputado Ari Friedenbach em não permitir que este facista do Bolsonaro use a trágica história de sua filha, estrupada e assassinada, para fazer um circo e se promover. Com o discurso de ódio, fazendo apologia ao estupro e à tortura, já devia ter o seu mandato cassado há muito tempo, pois ele é um câncer a ser extirpado da vida pública. Fora Bolsonaro e seus seguidores facistas!!! continuar lendo
chora mais esquerda lixo ele vai ser presidente em 2018 e se não gosta vai pra cuba cadela nojenta continuar lendo
Não julguem o sr.Ari.
Ele jamais defendeu a pena de morte,mesmo diante do assassinato cruel da Liana e de seu namorado Felipe Café.
Sr.Ari apoio o sr.Me lembro do caso há 2 décadas atrás exatamente e me choca até hoje a crueldade que fizeram com o Felipe,mas da crueldade maior ainda com a Liana,pois sei que ela sofreu muito mais.
Aquele infeliz daquele assassino deve continuar interditado e vivo,para nunca mais sair mesmo!
Admiro a sua postura,sr.Ari.
Duvido que a maioria esmagadora da comunidade judaica paulistana e,porque não dizer,da maioria da comunidade judaica mundial pensaria dessa forma.
A maioria esmagadora dos judeus e também das judias (salvo poucas exceções) já teriam mandado acabar com os assassinos do casal.
E já teriam feito isso há muito tempo.
Há muito tempo mesmo,viu. continuar lendo